quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Unique

Gosto de observar as pessoas. Seus gestos, suas comunicações, suas interações em grupo, como uma pessoa nova chega a um grupo já formado, suas atitudes. Não faço isso para julgar, mas sim para entender como é seu perfil e assim tentar absorver as características positivas.

É impressionante como o caráter de uma pessoa é totalmente único e exclusivo. Certas pessoas têm os mesmos pais, freqüentam as mesmas escolas, viajam para os mesmo lugares, praticam os mesmos esportes e são totalmente diferentes no jeito de pensar e interpretar a vida. Graças a Deus, diga-se de passagem. Vocês conseguem imaginar que mundo entediante seria se todos fossem iguais ou muito parecidos. Eu surtaria, fato.

Em um mundo onde a globalização está em nossas veias, o considerado “padrão” se espalha como um vírus de computador. Em poucos dias a roupa que a Lady Gaga usou no show já vira o padrão para todos do mundo da moda. A frase que o Capitão Nascimento fala no filme já vira a nova gíria em questão de horas. Ou ainda imagine quantos bebes nascem com o nome do protagonista da novela das 8. A questão é que a facilidade e a velocidade no fluxo de informação, potencializado pela admiração de meia dúzia de formadores de opinião, prolifera a todos a padronização. O homem tem facilidade e gosta sempre de tentar se enquadrar dentro de algum grupo ou dentro de algum conceito. Entretanto o ser humano é engraçado, e cada cérebro interpreta a mesma informação de forma diferente, e isso é mágico!

O caráter e personalidade de uma pessoa é a junção de inúmeros fatores por que uma pessoa vivencia: educação dos pais, circulo de amizade, educação das escolas, entre muitos outros. O problema é que essas experiências são vividas por cada um, ou seja, não existe padrão de pensamento.

Diferenças não são ruins, muito pelo contrário, faz você abrir os olhos para pontos que antes desprezara. Com as diferenças aprendemos, crescemos, e criamos novos conceitos em nossas mentes. Nosso caráter está sempre em constante formação, e isso continuará assim até o último dia de nossas vidas. Enquanto estivermos vivos, estamos absorvendo involuntariamente todos os fatos que acontecem em nossa volta. Mas também é obvio que quanto mais velho, mais experiências vividas e assim o seu filtro mental do que te pode fazer bem fica mais definido.

Por isso que Einstein já dizia que uma mente aberta a uma nova idéia jamais volta ao seu estado de origem. Sábio mestre que conseguiu explicar em uma simples frase que é impossível ser igual hoje e amanhã. O ponto é que você pode simplesmente mudar ou pode evoluir, e isso é toda diferença.

E viva a diferença! Viva o eu de cada um!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Hoje Não!

Hoje acordei de bem com a vida. Dentro do horário, dia de sol, com a certeza de que seria um ótimo dia. Porém quando saio do meu mundo e piso da rua, vejo que nem todos acordaram com o mesmo espírito.

Transito caótico com pessoas se xingando, notícias no rádio de corrupção, assaltos, assassinatos e novos impostos são proliferados como coisas comuns e corriqueiras. Ainda no caminho, um motoboy estendido no chão recebe ajuda dos plantonistas do resgate. Chego ao trabalho e tenho uma lista de emails sobre coisas que pessoas não concordam ou mudanças de última hora. Resumindo, o caos total!

Não, hoje eu acordei bem demais pra ter um dia pesado desses. Hoje ao levantar, eu inspirei paz e tranquilidade para dentro dos meus pulmões, e tudo isso não vai ser jogado ao vento porque outras pessoas estão tendo um dia ruim, não mesmo! Toda essa positividade vai ser transformada em fortaleza para me blindar, não de todo, mas ao menos de algum mal que possa vir na minha rota.

Tenho certeza que não posso mudar o mundo, mas tenho certeza também que se eu espalhar essa semente de vibração positiva, alguém pode se contagiar com esse virus. Nem as notícias do Estadão que, diga-se de passagem, está um ótimo prato pra quem quer surtar, vão abalar minha moral.

Ta nervoso? Vai pescar, vai surfar, vai fumar, vai pra longe! Porque hoje eu só quero paz! E chega de balela, senão essa paz logo se transformará em vagabundagem.

Saludos cabrones!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Infinito Particular

Nada como mais um dia comum. Gosto de dormir até o último segundo possível (o que costuma significar uns 15 minutos de atraso), me arrumar rapidamente em mais uns 20 minutos e me jogar no tão prazeroso, vagaroso e incompreensível transito de São Paulo.

Uma cidade com aproximadamente 20 milhões de pessoas, com os maiores centros tecnológicos do país, com cerca de 12% do PIB do Brasil e com muito mais coisa que eu me cansaria de citar, deve possuir um sistema de transito bem dimensionado, bem planejado, com transporte coletivo de qualidade, não? Ene a ó tio, não! Hoje em dia o transito é disparado um dos maiores desconfortos de quem mora nesta megalópole, e com um agravante, só tende a piorar. A cada mês, recordes de vendas em concessionárias são batidos e nossas redes de metrô, trem e ônibus não crescem proporcionais as nossas necessidades.

Hoje vindo ao trabalho, me deparei entre primeiras, segundas e terceiras (marchas), que estava fisicamente dentro do meu carro, porém em com pensamento muito longe, quase que em um universo paralelo. Reparei que realmente eu estava muito longe da realidade, e quando olhei para os lados tive a percepção de que isso não só acontecia comigo, mas que cada um estava dentro de um universo particular protegidos por algumas centenas de quilos de metais e quatro rodas. Alguns somente com olhar distante, outros cantando felizes músicas que faziam lembrar algum momento prazeroso, outros no telefone celular e ainda havia alguns que tentavam ler livros e jornais durante esse anda e para infinito.

É muito curioso como o ser humano tem a capacidade de estar fisicamente em um lugar, porém com a mente e espírito a anos luz de distância. E como tudo na vida, isso pode ser bom ou ruim. Creio que essa capacidade de viajar sem sair do lugar, em meio a um trânsito caótico foi uma alternativa inconsciente que nossos cérebros encontraram para esquecer a realidade triste e revoltante de passar 2, 3 ou mais horas parado em meio a selva de pedra e ares não tão puros.

Aos que não embarcam nessa viagem metal, meus sentimentos. É muito fácil conseguir diferenciar quem são os que não entram na brisa, são aqueles que buzinam sem parar, que xingam todos ao seu redor, que tenta ser espertinho e te ultrapassar pela direita para chegar dois carros na tua frente. É totalmente compreensível que as pessoas que não conseguem esquecer a dura realidade, surtem. Brigas de trânsito são as conseqüências finais destes atos.

Eu, com certeza, faço parte dos viajantes do asfalto. Cada dia viajo para um lugar, cada vez faço contato com amigos imaginários que há tempos não conversava. Vai me dizer que tem melhor hora para refletir do que as 2 horas que você não faz absolutamente nada dentro de um automóvel? Também aproveito muito para rezar, creio que deve existir algum santo padroeiro dos trânsitos caóticos que nos escuta. Basta colocar o motorista no piloto automático. O destino sempre é traçado pela trilha sonora, que assim como um guia experiente no ramo, me recorda de todos os pontos turísticos que posso ainda conhecer.

É lógico que essas viagens, para os mais inexperientes podem trazer algumas conseqüências maléficas, como alguns espelhos quebrados, alguns xingamentos e algumas batidinhas de leve por distração, mas no momento que você ganha seu cartão de fidelidade, você consegue conciliar as duas realidades perfeitamento.

Tudo é válido para melhorar sua qualidade de vida, apertem o cinto que o piloto sumiu. Have a safe and nice trip.

domingo, 15 de agosto de 2010

Prosa com Dom

Quando nascemos estamos suscetíveis a sentir e passr por coisas boas e outras ruins. É humanamente impossível passar uma vida inteira sem sofrer. Sofrer é o que nos faz lembrar que estamos vivos.

O que nos diferencia é como passamos por estas delicadas situações. Tudo pode ser interpretado por no mínimo dois pontos de vista distintos. Revoltar-nos a cada obstáculo é possível, porém muito mais dolorido. É claro que quanto maior o buraco, mais difícil se sair, porém maior será seu crescimento e sua fé. E ao mesmo tempo devemos evitar de ser extremistas, sorrindo de prazer a cada tombo. Devemos agir como humanos, racionalmente. Deve-se racionalmente trasportar e debater internamente entre a razão, a lógica, o lógico, a consequência e o peso que cada atitude pode gerar.

Já tivemos muitas dificuldades das quais não conseguiamos visualizar a saída, mas o tempo passou, outros fatos aconteceram depois, e continuamos vivos. É quase certo que esta tua pior dificuldade não será a maior da tua vida, o que e leva a conclusão de que na próxima vez você terá que ser mais forte para supera-la.

Muitos falham neste caminho, ams sempre que se quer, é possível retroceder e se voltar ao caminho da luz.

As dificuldades nos fortalecem. Na minha pessoa, congelou de tal maneira nunca antes imaginada. É lógico e óbvio que os planos nunca saem exatamente como imaginado, mas estes fatos culminaram com que os pequenos e quase pífios momentos se tornassem em grandes vitórias e prazeres.

Ninguém escolhe traçar o caminho mais longo, Ninguem escolhe falhar. Nem sempre estar na trilha certa significa que não atravessaremos buracos, ou até mesmo crateras. Mas uma coisa é certa, se você não quiser e não se esforçar, viverá na escuridão.

Como já foi dito antes, você é a chave para tudo. Só você que sente e só você que cura.

Já não posso mais me esconder. Que assim seja.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Doutor Sabe Tudo

Nesse mundo moderno a troca de informação e a sede por conhecimento faz com que a internet, TV e rádio sejam as maiores escolas dos nossos tempos. Reparem que eu disse maiores, não melhores.

Estes meios cospem informações que colhem ao redor do mundo por meio de seus informantes, e faz com que cada dia nos tornem mais autodidatas. Se por um lado isso é muito interessante, afinal nosso conhecimento cresce, aprendemos sobre coisas que jamais saberíamos, por outro lado faz com que cada vez mais não tenhamos profundidade sobre os assuntos debatidos e muitas vezes, repito, muitas vezes nos transformem em fantoches manipulados por quem escreve ou repassa esas matérias.

Esses dias assisti a alguns vídeos que estão circulando no youtube, documentários em forma de críticas, bem produzidos e elaborados por grandes produtoras a respeito de vários itens (indústria de cosméticos, indústria das garrafas d’água...) e fiquei perplexo com tamanha manipulação de informação que está ocorrendo. É muito nítido que quase todos que assistem aos vídeos, se tornam profundo conhecedores do assunto e criticam com uma veemência de dar inveja a doutores e phD’s do assunto. Quando não se tem conhecimento profundo do assunto, é muito fácil se deixar levar e absorver cada frase citada pelo locutor. É tanto absurdo que algumas vezes fico em dúvida se a intenção da reportagem foi manipular o espectador ou se simplesmente quem escreveu sobre o assunto foi mais um autodidata e está falando sem ter o conhecimento necessário para se tornar um formador de opinião.

Esse vídeo foi só um pequeno exemplo que me chamou atenção, porém são inúmeros os casos em que este tipo de situação ocorre, no facebook, no twitter, nas “globo.com” da vida, ou mesmo nas conversas informais entre as pessoas. Essa facilidade em nos tornar profundo conhecedores sobre o assunto em poucos minutos é muito interessante e inevitável. A sede de conhecimento é algo que aumenta a cada dia, quanto mais você aprende sobre algo, mais você quer aprender, ou pelo menos é assim que deveria ser. Ao invés disso, a pessoa passa para a próxima página e começa seu “mestrado” no próximo assunto, e assim se torna um grande generalista, ou nem isso, apenas um grande fantoche da mídia.

Não podemos nos saciar com 2 ou 3 parágrafos sobre um assunto, ou com apenas 5 ou 6 minutos de um vídeo “educaional” no youtube. Para ter uma opinião formada sobre algo é necessário correr atrás das informações, é necessário discutir com pessoas que sejam conhecedoras do assunto, que passaram dias, meses e anos estudando sobre o ponto abordado. Não podemos mais aceitar informações erradas como Amazônia pulmão do mundo, petróleo é um mal necessário, químicos são ruins, água engarrafada não é necessário, entre milhares de outros que escuto todo santo dia. Poderia ficar aqui citando mais de mil casos sobre o falso moralismo. Chega!

Eu mesmo já passei muitas situações constrangedoras em que eu quis debater um assunto que tinha lido em algum site e acabei me tornando um completo palhaço ao ser contrariado por um PhD no assunto. É lógico e óbvio que eu não tinha informações suficientes para poder defender meu ponto de vista, mas eu queria falar e criticar. Mas é errando que se aprende. Se você leu algo e se interessou sobre o assunto, ok, agora comece a aprender realmente ele.

Não podemos nos contentar em ser manipulados e nem sermos generalista em tudo. Informação é sempre bem vinda, mas para se aprender não tem outro caminho, se não aquele que vem sendo aplicado desde que o homem chegou a terra: estudar.

Lembre-se: A gente planta o que colhe, e plantamos e colhemos sem perceber.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

One Way

Quem me acompanha de perto, deve saber que minha vida anda um grande turbilhão nestes últimos tempos. Um furacão de sentimento, vontades, sonhos e uma bela dose de realidade. Tudo isso gerou um novo Eu, que se pudesse, abraçaria o mundo.

Estes dias conversando com uma amiga, percebi que está eu estava muito perto de tornar aquele ditado “quem muito quer, pouco tem”. Venho tentando rever antigos amigos, mudar meus conceitos, praticar coisas que antes não tinha o costume, me exercitar mais, ler mais, escrever mais, amar mais, conversar mais, enfim, viver mais. O grande problema é que eu sou um só, e isso me incomoda profundamente.

Quantas vezes marquei algo e não consegui cumprir. Quantas vezes eu prometi que ligaria e não liguei. Quantas vezes coloquei o livro na cabeceira e não li. Essa mania de querer abraçar o mundo me irrita. Não estou dizendo de abraçar o mundo no sentido de querer ficar abraçando árvores e entrar pra uma ONG, mas eu quero fazer tudo, no sentido de aproveitar ao máximo cada dia, cada segundo.

O ponto que eu quero refletir é que muitas vezes, nessa rotina estressante e corrida que vivemos, nos comprometemos e não cumprimos. Nessa hora de “amigo de anos” passo para o ponto de “sempre furão” e quando essa não é a percepção do outro, é a minha. Sempre me frustro e me critico por ter prometido ou me comprometido com algo e não ter cumprido, mesmo que o único prejudicado seja eu.

Mas tudo isso gira em torno de uma só coisa: PRIORIDADE. O que você prioriza, inconscientemente, é o que você escolhe pra tua vida, é o que forma teu caráter e é por isso que as pessoas vão te julgar. Tenho certeza que quase todos nós temos boas intenções e idealizamos coisas espetaculares, mas poucos conseguem colocar em prática, questão de prioridade meu amigo.

Você quer ser alguém melhor? Quer mudar o que as pessoas pensam sobre você? Ou simplesmente quer concretizar sonhos que sempre ficam no quase? Priorize! Faça com que as tarefas do seu dia a dia leve a um fim comum com teus objetivos. Quando se tem clareza das prioridades, as escolhas ficam mais claras e óbvias. O que priorizar, você vai saber logo que traçar a sua meta. Priorizar não é dar preferência ou gostar mais de arroz que feijão, é apenas saber qual trilha chega mais rápido ao cume. Existe a chance de você chegar ao cume sem uma trilha visualizada? É lógico que há, mas também a chance de passar o resto da vida andando em círculos. Vai correr o risco? Eu não, prefiro priorizar.

Minha prioridade? Estar e aproveitar o caminho da luz.

domingo, 8 de agosto de 2010

Déjà vu

A realidade as vezes não é tão real. Certas vezes tenho receio de estar dentro de um sonho onde o caminho já foi traçado e sou apenas um pequeno fantoche do meu Eu verdadeiro. Assim como todos, passo por coisas ruins e outras muito boas, mas a impressão é que não controlo meus atos. Como a sensação de que se está numa fantasia em que se tem a noção da alucinação realizada.

Loucuras são tão reais que posso sentir, cheirar, sorrir e sofrer. Certos dias me lembro de alguns sonhos e quando paro para refletir, quase todos eles tem alguma conexão. Minhas recordações se misturam com sonhos antigos e não consigo mais definir o que realmente foi fato e o que foi idealizado.

Pode ser que no fundo tudo esteja invertido. Meu verdadeiro Eu vive acordado entre 00:00 e 08:00, e todo o resto do dia é um grande sonho. Tudo faria muito mais nexo.

Só me resta agir conforme manda manda o figurino. Saber atuar bem dentro deste filme com diretor e roteirista desconhecido, para quem sabe um dia ser condecorado por um grande trabalho realizado. O livre arbítrio não me pertence mais em meio a essa nova realidade.

Você deve estar me perguntando como eu cheguei a tal conclusão, a resposta é simples: não fui eu, me contaram.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Surto

Muitas vezes o futuro não é tão claro. Nem sempre nós acreditamos nos caminhos que se abrem em nossas mentes. É preferível, as vezes, que o instinto e o acaso tracem os rumos. Quando se tem a paz de espírito e a vontade de amanhã ser melhor que hoje, algumas portas se abrem sozinhas.

Se você é o reflexo de seus atos, quando se prega o bem, não tem como estar errado.

O mais difícil é conseguir atingir essa paz com você mesmo. Sempre estamos em busca de algo, sempre estamos consertando erros cometidos, mas dificilmente conhecemos o ponto motivador de tudo. Muitas pessoas nunca encontram. Entretanto, pode ser mais fácil e curto do que se imagina, é apenas conseguir olhar pra dentro de si.

Aqui ninguém te juga, quem te julga são seus atos. Você é o agente motivador, o executante e o beneficiado. Desse ponto não há mais volta, pois seria o mesmo que negar a si mesmo.

Somos pessoas diferentes, pensamos invertido, nunca concordaremos... mas o caminharemos no mesmo sentido, com a certeza e a felicidade de transmitir energia positiva em formas de gestos que abram os olhos de alguém.

Olhe para o lado e reconheça toda trilha que já foi percorrida. Agradeça!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Pecado Capital

Eu sempre sonhei que minha vida seria perfeita se eu ganhasse na sena. Eu e metade do mundo. Sempre achei que o dinheiro abriria as portas, resolveria meus problemas e eu seria o cara mais feliz do mundo. Mas hoje acho que essa teoria é apenas parte verdade.

Viver sem dinheiro, num mundo capitalista, não é nada fácil. Hoje o dinheiro é necessário para quase tudo: divertimento, roupas, comida, locomoção, trabalho... Mas essa necessidade pelo dinheiro não é de hoje, isso é algo que sempre existiu e sempre existirá. O ponto que eu gostaria de debater é a troca de valores que presenciamos nos nossos dias.

Vocês se recordam quando foi a última vez que viram crianças brincando de esconde-esconde? Quem se lembra de quando foi a última vez que foi ao parque ou foi fazer uma caminhada em alguma trilha? Quem tem o costume (e tempo) de sair sem ter destino certo, apenas pelo prazer de sair. Os tempos modernos nos trouxeram o costume do consumo excessivo, da necessidade da ostentação (status), e da exclusão dos menos favorecidos. A necessidade de comprar um vídeo game, um computador ou um celular para uma criança é ridículo. A criança que não possui algum desses itens é totalmente excluída e escachada. O adulto que não possui um carro próprio tem vergonha de assumir para os amigos. O adolescente que não tem grana pra sair na balada vira um completo extraterrestre.

O capitalismo não é um mal, é apenas o caminho natural que o mundo seguiu. O mal não está no formato do capitalismo, mas sim no que isso gera no comportamento humano. A pessoa não deve se sentir envergonhada por possuir algum (ou todos) dos itens citados acima, mas devemos refletir, ao menos um pouco, sobre os nossos comportamentos. Devemos criar a partir de então novas saídas para nossos prazeres. Todos nós adoramos poder ter dinheiro para comer em um restaurante caro e poder impressionar a pessoa que ama, mas que mulher que não gostaria de ter um jantar e uma noite toda feita pelo seu amado. Sabemos que o computador pode trazer muita informação para crianças e que também fará parte da sua inclusão social no mundo trabalhista, porém devemos apoiar e incentivar mais a praticarem esportes a brincarem nos parques com outras crianças, a se divertirem com brinquedos educacionais. Isso também é inclusão social.

A felicidade não está no bem adquirido. A felicidade não está no exibicionismo. Felicidade é ter prazer em se divertir com o que o mundo nos oferece. Se você tem oportunidade de ter brinquedos caros e um estilo de vida mais rebuscado, ótimo, aproveite! Mas se essa não é a sua realidade, seja feliz também. Tenho certeza absoluta que oportunidades não nos faltam, porém estamos cegos neste mundo consumista. Faça do seu dia, repleto de momentos felizes, tenham hábitos mais saudáveis, leia mais, brinque mais, sorria mais, converse mais!

Há mil formas para sorrir, só uma para ser feliz.